17 de mai. de 2012

A produção para além da rotina

Por Emily Almeida

Da escolha do assunto de uma matéria, até a apuração, a edição e a publicação desta, é necessário o cuidado do jornalista. Este deve traduzir na conduta profissional os princípios que norteiam a profissão, consciente de sua função, importância e responsabilidade social.  E entender de qual lugar parte na construção e afirmação de valores que importam à sociedade. Afinal, o produto do processo de produção não se esgota na reportagem em si.
O jornalista que parte de valores humanos se preocupa em pautar questões que sejam de interesse da sociedade no qual está inserido, retirando dela e para ela as questões de relevância. Percebe que pautar um assunto é mais que preencher a lacuna do jornal, mas é despertá-lo para uma discussão, de modo a possibilitar a construção de um debate.
E construir conhecimento pede uma apuração cautelosa. Cobrir qualquer fato exige que o jornalista se disponibilize para investigá-lo, retirar dali a mais completa informação possível, sempre em benefício da sociedade. Seja observando diretamente, dialogando com as fontes ou consultando arquivos, esses dados se constituem como informação quando o profissional os relaciona coerentemente, constrói um discurso. Esse cuidado de observar e preencher as lacunas da informação resulta do respeito do jornalista à sociedade.
Organizar os dados, torná-los coerentes e compreensíveis são parte da redação da informação. Nesta fase, a linguagem com que os dados coletados serão transmitidos será elaborada. E a linguagem é primordial para o modo como os leitores receberão a informação. Essa organização revela e contém a leitura que o jornalista faz dos fatos. Ao escolher quais informações colocar e como, o jornalista deve manter o respeito ao público, evitando interferências de relações comerciais ou interesses pessoais. Pois deve ter em mente que seu trabalho tem impacto sobre a formação de opinião do leitor.
A edição determina ao quê o veículo está a serviço. E, por vezes, a Imprensa não se posiciona em favor da cidadania. Nesta fase do processo, já começa a tomar forma elementos que estão além do trabalho individual do jornalista, mas que devem ser cautelosamente respaldados para que não interfiram na função primordial da reportagem, que é informar a sociedade. O momento em que, finalmente, o trabalho se põe ao alcance do leitor é em sua publicação. E essa fase não é isenta de atenção. Aqui, se discute principalmente a questão do acesso à informação e o espaço para a resposta do público perante o colocado.
A informação, afinal de contas, não estagna. Por isso, a discussão não para por aqui. Discutir como a rotina de produção jornalística vai além da reportagem, ou como a própria reportagem se emancipa desse processo é também uma maneira de buscar as possiblidades do fazer jornalístico dentro dos parâmetros éticos. O projeto SOS Imprensa visa por em questão esses e outros debates. Pensar em como a mídia pode e deve contribuir para a cidadania e também quando ocorre o contrário.

15 de mai. de 2012

Classificação Indicativa, uma liberdade de escolha

Por Luana Luizy

Entende-se por classificação indicativa conjunto de informações sobre o conteúdo das obras audiovisuais e diversões públicas quanto à adequação de horário, local e faixa etária. Ela alerta os pais ou responsáveis sobre a programação adequada à idade de crianças e adolescentes.

O SOS imprensa realizou debate sobre a classificação indicativa com seus participantes. Na discussão os integrantes puderam entender um pouco sobre o que é a classificação e como é feita.


Para entender mais...


O Ministério da Justiça lançou no dia (19) de março a campanha Não se Engane - tem coisas que seu filho não está preparado para ver com objetivo de alertar os pais sobre a influencia que as obras audiovisuais podem ter na formação de crianças e informá-los sobre a Classificação Indicativa como forma de selecionar os programas que os filhos assistem.