6 de set. de 2011

Primavera Árabe

Desde meados de 2010, os países da África Setentrional são manchetes dos jornais do mundo todo. Primeiramente na Tunísia, depois no Egito, a onda de rebeliões contra os regimes pseudo-democráticos estendeu-se até as regiões do Oriente Médio.

Recentemente o presidente líbio Mu’amar Khadafi, que se mantinha irredutível às negociações com os rebeldes, foi deposto, e a população comemorou a liberdade. O Jornal Nacional, da TV Globo, fez questão de mostrar as primeiras manifestações de imprensa livre na Líbia. Os jornais líbios, que até então só publicavam fotos ufanistas de Khadafi, agora estampavam a foto do ex-ditador líbio semelhante a um vampiro.
Levando em conta esse acontecimento, é possível refletir sobre a necessidade de imprensa livre. Por que a liberdade de imprensa é tão importante, sobretudo em tempos de instabilidade política? Dentre os vários fatores, a imprensa representa as expectativas da sociedade perante as instituições políticas, sobretudo em lugares onde existe uma latente separação entre Estado e sociedade. Superando o arquétipo de “quarto poder” (afinal a imprensa sofre influências das esferas política e econômicas), a imprensa não só informa, mas é um produto social, um espelho da opinião pública.
Entretanto, quando acompanhamos as notícias de liberdade de imprensa nos países onde ela era controlada, devemos atravessar a superficialidade dos fatos, do que nos é aparente, logo senso comum. O contexto ainda é de incerteza em todas as áreas, inclusive a imprensa.

1 interações:

Luana Luizy disse...

Como assim pseudo-democrático?

Até onde valores culturais e atitudes ditatoriais se confluem?
Acho importante o debate do ponto de vista antropológico, sem assumir conveniência com censura, mas é preciso discutir a relativização da cultura.

olha isso:
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/09/12/ira-proibe-triangulos-amorosos-na-televisao-925337578.asp

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