17 de jul. de 2011

O desafio de ser sensacional sem o ismo

Fait Divers. Um jargão jornalístico francês com um importante significado para o campo da Comunicação, comumente associado à imprensa popular. O termo é usado para designar notícias diversas, “leves”, assuntos do cotidiano, geralmente com um toque de bizarro, do cômico, que despertam no leitor a curiosidade, o interesse, mas que não necessariamente têm muita relevância. Escândalos, catástrofes, casos de polícia, vida de celebridades e por aí vai. Esse recurso é eficaz em chamar atenção e entreter o público. É usual dos jornais populares que, para atingir a grande massa, que nem sempre acompanha a mídia tradicional e, para muitos, não é refinada culturalmente, adota esse modelo, com uma linguagem coloquial, de leitura rápida, e muitas imagens.

Pensar e fazer esse jornalismo para a maioria da população não é uma tarefa fácil. Essa perspectiva popular exige um constante balanço entre as forças que a rege. Nesse contexto, a linha entre fait divers e sensacionalismo tem se mostrado tênue. Na ânsia por seduzir e entreter, muitos jornais populares acabam pesando a mão e apresentando um produto de extremo mau gosto. Mas também podem ser interessantíssimos, principalmente em manchetes com sacadas oportunas e irônicas. Uma coisa é certa: são polêmicos. Questionamentos éticos e críticas estão sempre em voga quando se aborda o assunto na academia.

Independente de juízo de valor quanto aos diversos tipos de jornais populares que existem hoje no Brasil, uma coisa há de se reconhecer: o popularesco é de uma criatividade notória (tanto para o “bem” quanto para o “mal”). Separamos algumas capas de alguns dos mais famosos jornais populares do Brasil. Façam seus julgamentos... (veja em "mais informações" e clique nas imagens para ampliá-las)












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